Numa manhã invernal, nas entrelinhas de sua própria história, aquela criança precisou desistir de si — não por fraqueza, mas por tentar compreender a realidade virtual do seu mundo: tão empírico, tão funcional, tão abruptamente real. Talvez aquela alma antiga já não quisesse mais ver ou sentir. Hibernou em um espaço-tempo que nem mesmo as leis de Einstein ousariam decifrar. Talvez porque ela era — e sempre foi — a centelha da razão, aprisionada num corpo humano ferido pelo próprio homem. Naquele mesmo dia, quando o céu se abriu e o sol reinou sobre constelações apagadas por sua magnitude, o menino caminhou descalço sobre o asfalto ardente. Talvez a dor fosse apenas um lembrete: o corpo tem limites. Já não era inverno. O aroma de terra molhada soprava com a brisa. De longe, ainda ecoavam murmúrios — como sirenes indistintas — dentro do seu pensamento. E mesmo sem saber, talvez ele acreditasse que sua existência era um ponto de inflexão entre o tangível e o imaginário. Mas, no fundo, ...
”Human beings are conscious not only of the world around them but also of themselves.” I am a phenomenological product of natural selection and culture, deeply curious about intelligence, decision-making, and the nature of consciousness.